Emissoras suprem lacuna dos “desertos de notícias”

Emissoras suprem lacuna dos “desertos de notícias”

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Em cidades onde não há presença dos veículos jornalísticos, é o rádio que leva informações locais e regionais à população.

Por Fernanda Nardo.


O rádio segue como a principal mídia no Brasil, e com certeza a mais abrangente, possuindo um papel muito significativo na vida das pessoas, principalmente nos pequenos municípios, inclusive, aqueles que não possuem a presença física de veículos de comunicação. No Paraná, as ondas sonoras contemplam todas as cidades, mesmo as que não contam com uma emissora local, recebem a transmissão do rádio com a programação das cidades vizinhas.

Segundo o Atlas de Notícia (2020), os chamados “desertos de notícias” – cidades que não possuem presença de veículos jornalísticos -, correspondem a 62,6% dos municípios brasileiros. Nos três Estados da Região Sul, 54,8% das cidades seguem sem a presença da mídia. No entanto, na comparação nacional, os três estão entre os 50% de estados com menos desertos. No Paraná, cerca de 50% dos municípios não contam com veículos de comunicação, segundo o documento.

No entanto, o material mostra que o rádio é o meio de comunicação mais presente no Brasil (35,5%), e no Paraná (32%). Ou seja, mesmo nas cidades consideradas “desertos”, o rádio supre essa lacuna e segue levando informação à população, independente das condições geográficas.

Para se ter uma ideia, as 317 emissoras associadas da Aerp (Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná), contemplam todo território paranaense, abrangendo uma população de 11,08 milhões de pessoas. De Norte a Sul do Estado, os paranaenses seguem informados pela frequência do rádio, como afirma o diretor técnico da Aerp e do Sert-PR, Roberto Lang.

“Os municípios que ficam nos limites daqueles que contam com emissoras estão atendidos com um bom sinal. Hoje, temos no Paraná e, em grande parte do Brasil, emissoras de rádio com cobertura total, mesmo em cidades que não possuem nenhum tipo de veículo de comunicação”. Além disto, segundo o diretor, a migração AM-FM também tem trazido vantagens na distribuição das informações, afinal as emissoras migradas estão com uma cobertura mais efetiva, clara e sem ruídos. 

Diferente do que mostra o Atlas, as cidades que não contam com a presença física da mídia, seguem recebendo notícias locais por meio do rádio, é o que afirma Lang. “As emissoras comerciais informam às cidades que não possuem uma rádio com o conteúdo local, inclusive, com cobertura do que acontece no interior desses municípios. São informações, avisos como desligamento de energia e vacinação, assim como notícias. O foco são conteúdos regionais e locais, servindo as comunidades que precisam dessas informações para seu bom andamento”, diz.

Suporte democrático – Isso mostra que o rádio segue servindo como suporte democrático à população dos pequenos municípios. De acordo com a jornalista, doutora em Linguística Aplicada e professora do Mestrado em Comunicação da UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto), Nair Prata, nas pequenas comunidades, o rádio é muito mais do que veículo para se ouvir músicas e notícias: ele reforça laços, perpetua as tradições, une as famílias, é o ponto de convergências das informações.

Ela destaca que nas regiões onde não há energia elétrica, o rádio a pilha é a única forma de contato que algumas famílias têm com o mundo. É por meio daquele aparelho que se faz o elo entre o cidadão e a sociedade.

“O rádio é a principal mídia do país, com um papel significativo na vida das pessoas, com abrangência maior do que a televisão. O rádio possui características que fazem dele um veículo singular, como: linguagem oral, ampla penetração, mobilidade, baixo custo, imediatismo e instantaneidade”, diz.

Para a professora, a mídia local, e as emissoras que fazem essa cobertura em municípios onde não há presença de veículos de comunicação, além da função de informar a população de forma independente, qualificada, isenta e honesta, tem a função também de reforçar os laços da comunidade e dar continuidade às tradições.

“A mídia local deve voltar o seu trabalho para a vida social, cultural e política do seu entorno, trazendo informações que são importantes para uma sociedade específica. Criar elos com a sua comunidade é um dos desafios mais importantes da mídia local”, afirma.

Quando o assunto é o conteúdo produzido, Nair acrescenta que o jornalismo precisa sempre ser confiável e isento, independentemente de ser de rádio ou de qualquer localidade. “O rádio possui uma função social e o jornalismo de qualidade faz parte disso. Nas pequenas localidades, isso é ainda mais desafiador, pois nas regiões com acesso restrito às tecnologias a informação é uma arma poderosa a que todo cidadão tem direito”, afirma.

Conteúdo de qualidade para todo Estado

Para complementar o trabalho das emissoras do Estado, a Aerp (Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná) fornece conteúdos jornalísticos exclusivos por meio da Rede Aerp de Notícias, diariamente para todas as rádios associadas. Segundo a coordenadora de jornalismo da Rede Aerp de Notícias, Juliana Sartori, a rede entra com materiais para dar visão ao que acontece de maneira mais ampla no Paraná.

“Os municípios fazem a cobertura local e nós entramos com um olhar mais ampliado. Muitas vezes esse material ajuda as pessoas compreenderem o papel do município dentro da região, com notícias relevantes para o paranaense como um todo, e algumas curiosidades de outras regiões”, destaca.

A Rede Aerp de Notícias disponibiliza o Giro de Notícias, com as informações mais importantes e relevantes do dia. Além disto, reportagens especiais diárias são pensadas e produzidas pela equipe de jornalismo, além de notas com atualidades e esporte, colunas especiais sobre diversos assuntos e entrevistas.

Juliana ressalta que os correspondentes da Rede Aerp também entram ao vivo, nas emissoras de todo o Estado com as principais notícias do dia. “São 43 emissoras que contam com a entrada dos correspondentes, sempre com informações relevantes e de qualidade”, explica.

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