SET Sudeste: Futuro e tendências do audiovisual

SET Sudeste: Futuro e tendências do audiovisual

O primeiro painel da tarde tratou um tema importante, “o Futuro e tendências na visão do executivo local”. O debate foi moderado por Lair Rennó, apresentador e editor-chefe Record Minas; e teve a participação de Luís Eduardo Leão de Carvalho, TV Alterosa (SBT); Josimar Anselmo Silva, Diretor Técnico, Record TV Minas; Diogo Gonçalves, CEO da Rádio Itatiaia; Marina Crespi, Head do Canal na TV Globo Minas; e Mayrinck Pinto de Aguiar Junior, Presidente da Associação Mineira de Rádio e Televisão – AMIRT.

Marina disse que na hora de montar programação com flexibilidade, é necessário que se “entenda essencialmente a sociedade e o seu comportamento. Todo mundo trabalha com conteúdo, na Globo somos produtores de conteúdo, distribuidores e monetizadores de conteúdo. É um desafio enorme ter tantos players, mas eles são compatíveis com a oportunidade. Em cada um deles, temos o desafio de engajar em cada um dos dispositivos. Na Globo, usamos toda a tecnologia em prol do nosso conteúdo, e da monetização dessa tecnologia”, por isso, “a flexibilidade é essencial”.

Diogo Gonçalves, CEO da Rádio Itatiaia, disse que o rádio está se adaptando aos novos conteúdos, mas “nos entendemos como produtores de conteúdos com planejamento estratégico, mas reconhecendo que somos multiplataforma. Há três anos, nos transformamos tendo em vista o vídeo, o TikTok, o Instagram, o Youtube com shorts. Estamos transmitindo os jogos da Champions League porque a nova geração consome o Manchester City, o Paris Saint German. Estamos percebendo as mudanças, e desde 2022 nos tornamos a Rádio mais ouvida do Brasil, mesmo sendo a maior parte disso de Minas Gerais, isso juntando o analógico (terrestre) com o digital”.

Para Josimar Anselmo Silva, Diretor Técnico da Record TV Minas, disse que estamos em um momento meio “ingrato”. “Temos de aproveitar a TV 3.0 e com ela trabalhar o que está no streaming com o que temos na TV Digital, incorporando algumas ferramentas com interface, com facilidade de navegação. Haverá facilidades que saberemos no final do ano quando se regulamente a nova TV. A TV não vai acabar. O que me preocupa é o investimento. Temos de fazer muito com pouco investimento”.

Discutir futuro do audiovisual é pujante, disse Luís Eduardo Leão de Carvalho, TV Alterosa (SBT). “Hoje se produz mais vídeo que a capacidade de ver que temos”, mas o futuro da TV, pensando em uma TV que é uma afiliada, vai depender de onde vai vir o dinheiro para monetizar, de onde vai vir a renda. Para fazer parte de esse investimento publicitário tem de se produzir conteúdo”.

Mayrinck Pinto de Aguiar Junior, da AMIRT, disse que produzir TV tecnologicamente está ficando caro. “Hoje os equipamentos têm pouca vida útil. “Fizemos um estúdio de podcast, foi feito há um ano e meio e ainda não monetizou, e ainda temos de somar que não temos capacitação. Temos problemas de equipamento, de qualificação e de ensinar ao comercial a vender o digital”.

Marina Crespi concordou e disse que a TV “está se adaptando com pessoal, tecnologia embarcada e muita pesquisa. Ela dá a capacidade de planejamento mais longo”. Ainda explicou que o jornalismo na pandemia ganhou um alcance e um desempenho melhor, o “público de até 30 anos, um público novo para o tipo de conteúdo”. Ela disse que “os jovens assistem, talvez a diferença seja como o fazem”. Nesse aspecto, Josimar Anselmo Silvafalou do caso da transmissão do Campeonato Paulista, onde “transmitimos pela TV e pelo streaming, as duas transmissões são complementares”, porque cada um dos públicos tem a sua forma de engajamento.

O SET Sudeste tem o patrocínio de Alliance, Canon, CIS Group, Embratel, Panasonic, Pinnacle, Convergint, SES e Speedcast, e o apoio da NeoID e Teletronix. Além do apoio institucional da Globo, AMIRT, ABERT, ABRATEL, TV Alterosa e Record Minas

Por Fernando Moura e Tito Liberato